segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Meu Velho
Completou 82 anos em 2014 com louvável disposição. Trabalha de sol a sol, nasceu na roça e na roça vive pois é o seu lugar. É passado aquele tempo de cidade, quando enfrentava dois empregos - um diurno e outro noturno, para cuidar financeiramente de quatro filhos e da esposa. Sempre bem animado - embora normalmente sério - tem como único defeito o excesso de zelo, de preocupação. Justifica. Vem de uma geração entre guerras, vivenciou o desde o início até ao armistício o 2o. grande conflito, como também as consequências crônicas da saúde de seu pai - meu avô - este lutara, anos antes, na Revolução de 1930, quando perdera, na trincheira, um de seus pulmões, devido a uma bala perdida. Tudo isso assevera a vida de qualquer criança... O único filho homem, responsável por tudo e por todos, se sentia - e se sente, até hoje - em obrigação, no papel de provedor atento. Tudo isso faz entender seu caráter e ainda mais o engrandece. Personalidade maravilhosa, palavras sempre serão poucas para apresentar tal ser, tão humano, paciente e presente.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Ensaio sobre a Represa de Paraibuna
Sobre um ensaio de fotos que fiz sobre/no leito da represa de Paraibuna, minhas observações que seguem às fotos:
"O relato de minha caminhada naquela beira entre o sonho e realidade,
em direção ao novo território: vislumbro o quase fundo do rio, o limite
da água que resta; ainda é muito, mas é pouco. Havia luz, muita luz, que
impunha suas condições. Errância, vácuo, longitude, deserto, era o meu
trajeto. Mesmo distante do último leito, mas certamente dentro, abaixo
do seu nível, no interior do rio. O lugar, desconhecido e irrealizado.
Interrompido pois crianças brincam. Tudo-aquilo-brinquedo, cemitério de
árvores que se afundam em represamento. Alguns diriam encantados: “Mas
parece Marte!” - eis o lugar inacessível e pouco visitado, eis o paraíso
desconhecido de meus contemporâneos. Árvores cortadas, árvores caídas,
árvores que resistem, árvores podres, memórias de árvores.
Árvores-pedras, sustentadas pelo tempo; árvores-frutos das brincadeiras
de nossa crianças. Parque de diversões de árvores. Descomedimento de
árvores. Congresso de árvores. Árvores-santas, árvores mortas,
árvores-fantasmas, árvores sem seus frutos proibidos... Árvores gostam
de sol, crianças não gostam de árvores? Não, crianças gostam de represas
- ao menos os infantes de nossos tempos. Ali uma floresta que, mesmo
morta, não se desordena. Não se desagrega. Ali um símbolo, um sinal.
Continuo minha caminhada, mais um pouco... Mais um pouco a dentro, em
estreitas passagens. Outra sua parte seca: encontro mais brinquedos, por
exemplo uma autoestrada que também submergiu e agora expira, artéria
velha onde fluiu a história de carros antigos, movidos a petróleo, fruto
do carvão convertido das... árvores! Ah, aquele lugar... tudo
abandonado e até então inalcançável... até que a seca chegasse, baixando
e desvelando as nossas árvores... Num trecho curto de caminhada eu me
assombro! Totens; espíritos; pedras; estradas; árvores mortas, árvores
inacabadas; represamento de árvores, árvores postiças, restos de pedras
que voltam à vida. Plantel de descomedimentos cultivados pelo
homem-criança. Fantasmas? Mas será que algum dia morreram? Ou será que
nós é que ainda não nos demos conta? Totens, espíritos, pedras,
estradas, pegadas, Arvores... vidas!"
(Fábio Ramos, Agosto 2014, sobre um passeio nas margens e leitos secos da represa de Paraibuna, SP, para registrar uma das mais intensas secas dos últimos cem anos).
Mais fotos no link>> (Fábio Ramos, Agosto 2014, sobre um passeio nas margens e leitos secos da represa de Paraibuna, SP, para registrar uma das mais intensas secas dos últimos cem anos).
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
quinta-feira, 13 de março de 2014
Mata Atlântica, Embaúba, Café da Manhã
Na Serra do Mar despertamos com o canto dos tucanos, brincam à vontade logo cedo. O ponto de encontro, o pé de embaúba.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Impermanência é a nossa natureza!
Freud afirma que o Eu não é o dono de sua própria casa. Mas mesmo sem sermos o dono de nossa casa parece que continuamos como Eu, como substância individual, como existência... Viver essa impermanência em plenitude certamente é muito aconselhável... de outro modo, e não tão razoável, seria vivê-la negando-a, ou com raiva, ou fazendo barganhas e concessões, ou com foco em negatividades, depressivamente. Devemos compreender e transformar tais formações mentais, essas pobres representações da realidade!
domingo, 5 de janeiro de 2014
Outros ângulos da Spilotes pullatus (Caninana)
A caninana Spilotes pullatus encontrei após ouvir o piado de um passarinho que acabara de ser pego pela dita serpente. Ela não é venenosa mas corre o suficiente para amedrontar. Esta tinha uns dois metros, mas algumas chegam a quatro. Ficamos um admirando a outra por bom tempo, quando sossegou numa goiabeira (onde também tinha um ninho, bem próximo de sua calda). Daí, para não atrapalhar a sua digestão, deixei-a em paz...
"Banana Caninana" ou... "Fruto Proibido (?)"
O que é mais significativo: a Árvore da vida como macieira ou como bananeira? Com vocês... "Banana Caninana", Fruto Proibido (?)!
Antes da Tempestade
Cumulus Nimbus se formando, se modelando ao clássico "formato bigorna": 18 mil metros da base ao topo, 5 a 10 mil metros de base, energia concentrada para mais outro espetáculo da natureza.
sábado, 4 de janeiro de 2014
Tempestades 3 e 4
Na verdade foram a mesma. A chuva não chegou, passou próximo. Muitos relâmpagos e trovões, os cães, assustados, são testemunhas. Tirei as fotos sem tripé entretanto penso que foi o suficiente para transmitir a atmosfera.
Quando eu dizia sobre Júpiter, eu falava sobre isso
O maior planeta do Sistema Solar, é fácil encontrá-lo no céu e nestas fotos... o astro mais brilhante! Olha que bonito... dentro da serra do mar, próximo ao litoral norte paulista, vemos o halo da civilização apenas nas bordas das montanhas, um pouco mais... e... voilà!
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